Adélia Prado vence o Prêmio Camões 2024, maior honraria da língua portuguesa

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A mineira Adélia Prado — poeta, filósofa, romancista e contista — foi anunciada nesta terça-feira (18) como a vencedora do Prêmio Camões 2024, o mais prestigiado da literatura em língua portuguesa. Com um prêmio de 100 mil euros, a autora é reconhecida por uma obra que une lirismo, metafísica e raízes culturais brasileiras, consolidando-a como uma das vozes mais originais da literatura contemporânea.
Júri destaca originalidade e legado literário
O júri, composto por especialistas do Brasil, Portugal e Moçambique, ressaltou a “originalidade” da trajetória de Adélia, que há décadas encanta leitores com sua poesia “lírica, bíblica e existencial”. A escritora foi comparada a Carlos Drummond de Andrade, que a revelou ao público brasileiro ao declarar: “Adélia faz poesia como faz bom tempo”.

Celebração da cultura brasileira
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, celebrou a vitória como um marco para o Brasil: “Adélia eleva nossa literatura e representa a força criativa das mulheres. Seu trabalho captura a essência da identidade cultural brasileira”. Já Marco Lucchesi, presidente da Fundação Biblioteca Nacional, vinculada ao MinC, destacou o simbolismo do prêmio em 2024: “No ano em que celebramos os 500 anos da língua portuguesa, Adélia brilha como farol da nossa poesia, unindo tradição e modernidade”.

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Sobre Adélia Prado
Nascida em Divinópolis (MG), em 1935, Adélia é autora de obras como “Bagagem” (1976) e “O Pelicano” (1987), nas quais explora temas como fé, amor e existência com uma linguagem única, mesclando o cotidiano e o transcendente. Sua vitória no Camões reforça seu lugar entre os grandes nomes da literatura lusófona, ao lado de gigantes como José Saramago e Mia Couto.

O Prêmio Camões
Concedido desde 1988 por Brasil e Portugal, o Camões reconhece autores que contribuíram para o enriquecimento do patrimônio literário da língua portuguesa. Adélia é a 13ª brasileira a recebê-lo, seguindo nomes como Lygia Fagundes Telles e Raduan Nassar.

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