Você já conhece a cachaça artesanal produzida no estado do Tocantins? Para compreender o seu modo de fazer e onde essa produção acontece, a Secretaria Estadual da Cultura (Secult), em parceria com a Universidade Federal do Tocantins (UFT), com interveniência da Fundação de Apoio Científico e Tecnológico (Fapto), tem realizado nos últimos meses um estudo que viabilizará o mapeamento dessa riqueza cultural regional, que virou Patrimônio Histórico e Imaterial da Região Sudeste do Tocantins, pela Lei nº 4.356/2024 de autoria da deputada estadual Cláudia Lelis (PV). Para discutir o andamento da pesquisa, representantes das instituições tiveram reunião nesta sexta-feira, 14, na sede da Secult, em Palmas.
“A cachaça artesanal do Sudeste do estado é uma das muitas riquezas culturais produzidas na região. Com o seu reconhecimento como patrimônio, percebeu-se a necessidade da realização de estudos capazes de identificar onde e como sua produção é feita, bem como documentar essa atividade, que além de ser uma manifestação cultural regional é também uma forma de geração de renda”, explicou o superintendente de Fomento e Incentivo à Cultura do Tocantins, Antônio Miranda.
A pesquisa é conduzida pela UFT, com a participação de professores, pesquisadores e outros profissionais qualificados, e é viabilizada pelo Governo do Estado, através de um recurso de R$ 300.000,00 do Fundo Estadual de Cultura (FEC), aprovados pelo Conselho de Políticas Culturais do Tocantins. A partir de estudos teóricos e pesquisas de campo, que incluem a revisão histórica da produção no estado, a historiografia e antropologia dos produtores, seus saberes e fazeres, entre outros fatores, o estudo dará origem a um mini documentário e a folhetos que contam essas informações sobre cada município pesquisado, sendo eles: Taguatinga, Arraias, Novo Alegre e Combinado.
“Nós estamos agora na segunda fase da pesquisa, indo aos municípios para fazer rodas de conversas com as prefeituras e os fazedores de cachaça, que são os produtores, então está indo uma equipe multidisciplinar com engenheiro de alimentos, antropólogos, entre outros. Estamos indo para fazer entrevistas e colher a fala dos produtores, material para a pesquisa e suas futuras publicações”, explica a professora da UFT e coordenadora do projeto, Adriana dos Reis Martins.
Outros presentes
Também estiveram presentes na reunião a secretária-executiva Valéria Kurovski e a chefe da assessoria jurídica da Secult, Dinara Prado. Pela UFT, participaram a pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação, Karylleila Andrade, e a professora e pesquisadora Roseli Bodnar.







